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Muitas unidades de saúde pública foram fechadas e milhares de pessoas ficaram sem acesso a cuidados essenciais de saúde durante uma grande parte do ano devido a greves de profissionais de saúde. Os médicos entraram em greve nos primeiros três meses do ano, seguidos pelos enfermeiros de junho a novembro. Isso afetou indiretamente as atividades de MSF, aumentando o número de pacientes que se apresentavam em suas instalações, sobrecarregando os recursos. Em resposta, MSF criou instalações médicas adicionais e ofereceu ajuda financeira a pacientes que necessitassem de atendimento especializado em clínicas privadas, que, de outra forma, não poderiam pagar.
Campos de refugiados de Dadaab
Em fevereiro de 2017, em uma decisão que foi mais que bem-vinda por MSF, a Alta Corte do Quênia pôs fim aos planos do governo de fechar os campos de refugiados de Dadaab, que abrigam mais de 230 mil refugiados somalis. A maior preocupação de MSF era que as pessoas seriam devolvidas à Somália, onde há acesso limitado a cuidados médicos e permanente insegurança. No campo de Dagahaley, em Dadaab, MSF mantém dois postos de saúde, que atendem mais de 10 mil pacientes por mês, além de um hospital para casos mais complicados. As equipes em Dagahaley oferecem cuidados de saúde sexual e reprodutiva, cirurgias, atendimento médico e psicológico para sobreviventes de violência sexual, apoio de saúde mental, tratamento para HIV e tuberculose (TB), cuidados paliativos para portadores de doenças crônicas, manejo de insulina em domicílio para pacientes diabéticos, além de serviços de resposta a emergências.
Nairóbi
MSF oferece continuamente tratamento na capital a sobreviventes de violência sexual e violência baseada em gênero, por meio de seu projeto em Eastland. Nos últimos anos, a equipe registrou um aumento no número de pessoas atendidas; que pode ser resultado das campanhas de divulgação realizadas por MSF e pela comunidade local, criando predisposição nas pessoas de usarem efetivamente os serviços de saúde, em vez de um aumento no número de incidentes.
O programa de atendimento de emergência mantido por MSF em Eastlands atendeu mais de 1.900 pacientes em 2017. O projeto conta com um centro de atendimento telefônico gratuito 24 horas e um serviço de encaminhamento de ambulância. Em junho, MSF entregou as instalações que mantinha há 20 anos em Kibera, a maior favela do Quênia, ao Departamento de Serviços de Saúde da Comarca de Nairóbi. O projeto, que começou como uma pequena clínica em 1997, tornou-se um importante centro de saúde que oferece atendimento primário e secundário abrangente, incluindo tratamento para TB, HIV, doenças não transmissíveis (DNTs), como epilepsia e asma,; doenças sexuais e violência baseada em gênero, bem como serviços de saúde de pré e pós-natal e partos.
Até junho, MSF cuidava de pacientes com tuberculose resistente a medicamentos (TB-DR) em Nairóbi e atualmente apoia as instalações do Ministério da Saúde para prestar esse serviço. A equipe ofereceu tratamento para a hepatite C ao longo de 2017 e continuará a fazê-lo até que todos os pacientes tenham concluído seus regimes de tratamento em junho de 2018.
Atendimento de HIV em Homa Bay
Mais de 24% da população do condado de Homa Bay é soropositivo – a taxa mais alta de infecção por HIV no país. MSF apoia serviços de internação e ambulatoriais em 33 instalações no subdistrito de Ndhiwa, além de duas alas para pacientes com doenças avançadas relacionadas ao HIV.
MSF trabalha com o Ministério da Saúde e comunidades locais para realizar extensivos serviços de sensibilização das comunidades, incluindo visitas domiciliares, testes e aconselhamento para reduzir a disseminação do HIV e o número de mortes por doenças relacionadas ao HIV.
MSF também apoia a enfermaria de TB no hospital de referência do condado de Homa Bay, tratando pacientes com cepas sensíveis e cepas resistentes da doença a medicamentos.
Cuidados obstétricos no condado de Mombaça
No início de 2017, MSF inaugurou uma sala temporária de cirurgia em uma instalação- contêiner que mantém em Likoni, município de Mombaça, desde o início de 2016. Isso permitiu que a equipe oferecesse atendimento onstétrico de emergência localmente. Anteriormente, as gestantes tinham que atravessar o canal em balsas para chegar a serviços médicos em Mombaça. A balsa costumava atrasar, colocando em risco a vida das gestantes e seus bebês. MSF também continuou apoiando a construção e reabilitação de um hospital permanente, a ser inaugurado em 2018.
Novos projetos
MSF iniciou um projeto-piloto no condado de Embu, com foco em testar modelos de atenção para DNTs nas unidades de saúde primária já existentes. As equipes de MSF estão atualmente orientando a equipe do Ministério da Saúde na gestão e cuidado de DNTs em sete locais. Os resultados são compartilhados com outras organizações com o objetivo de aumentar o acesso ao atendimento das mesmas condições em outros lugares.
Serviços de resposta a emergências
Após as eleições gerais de agosto de 2017, houve violentos confrontos entre manifestantes e forças de segurança em várias partes do país. MSF tratou um total de 217 vítimas nos condados de Nairobi, Kisumu, Homa Bay e Garissa.
Nos condados de Baringo, Turkana e Marsabit, MSF respondeu a um aumento nos casos de malária, ajudando o Ministério da Saúde a realizar testes em mais de 5 mil pessoas, tratar cerca de 1.800 pacientes e distribuir mais de 49 mil mosquiteiros.
As equipes também responderam aos surtos de cólera em Nairóbi e Dadaab, de chikungunya em Mombaça e desnutrição na região anteriormente conhecida como Província do Nordeste.