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76
Apesar do encerramento oficial da "rota dos Balcãs" em 2016, pessoas continuaram a chegar à Sérvia em 2017, rumo a outros países da Europa. No início do ano, pelo menos 2 mil pessoas ficaram presas em um prédio abandonado no centro de Belgrado, sem acesso a cuidados de saúde, enfrentando temperaturas que chegavam a -20° C. MSF forneceu apoio médico e instalou tendas para acomodar as pessoas mais vulneráveis durante o inverno. Em março, MSF abriu uma clínica no centro da cidade, oferecendo atendimento médico e mental básico.
Enquanto isso, as pessoas que tentavam atravessar fronteiras experimentaram violência e abuso, alegadamente perpetrados por guardas de fronteira de vários países europeus, que usaram força demasiada para empurrá-los de volta ao outro lado das fronteiras. MSF ofereceu apoio médico e mental a essas vítimas de violência e denunciou o tratamento desumano. Durante 2017, uma equipe móvel forneceu serviços de saúde primária ao longo das fronteiras húngara e croata.
Entre janeiro e dezembro, MSF realizou mais de 22.800 consultas, tanto para pessoas abandonadas na Sérvia, como para as recém-chegadas que fugiam da guerra em busca de uma vida melhor. A maioria tinha entre 16 e 25 anos, alguns eram menores desacompanhados ou famílias. As equipes também iniciaram atividades de saúde mental fora dos dois principais campos na área de Belgrado, onde identificaram um aumento preocupante no número de pessoas que apresentam sintomas de sofrimento, como transtorno de estresse pós-traumático, especialmente entre aqueles que não têm outra alternativa, a não ser esperar no limbo administrativo e legal.