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O índice de mortes por gravidez e parto na Bolívia, por exemplo, é o pior da América Latina. No interior do país, é mais elevado no departamento de La Paz, especificamente no município de El Alto, adjacente à capital, La Paz. O município também possui a maior população adolescente e, de acordo com pesquisas nacionais, quase um terço das mulheres de 19 anos já são mães.
Em 2019, Médicos Sem Fronteiras (MSF) abriu um pequeno programa de saúde sexual e reprodutiva em El Alto. O projeto se concentra na população indígena local, entre a qual a gravidez e morte de adolescentes durante a gravidez e o parto ocorrem com maior frequência. Em setembro, abrimos uma maternidade no centro de saúde primário Franz Tamayo da cidade e, no final do ano, nossas equipes haviam atendido 54 partos e organizado 68 encaminhamentos de ambulância para o centro.
A inauguração da segunda maternidade, no bairro de San Roque, em El Alto, prevista para meados de novembro, foi adiada para meados de dezembro devido a distúrbios políticos. Em seu primeiro mês de atividade, a equipe de São Roque assistiu 27 partos.
Trabalhamos em estreita colaboração com o Ministério da Saúde em ambos os centros, com o objetivo principal de reduzir as mortes durante a gravidez e o parto e melhorar o acesso a partos seguros por meio de serviços de alta qualidade e culturalmente adaptados.
No auge da agitação, continuamos com nossas atividades de saúde sexual e reprodutiva em El Alto e oferecemos serviços de saúde mental em um centro de saúde em La Paz. Entramos em contato com vários hospitais, caso necessitassem de qualquer suporte ad hoc, como suprimentos médicos, que fornecemos ao hospital de Senkata.