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Maroua Regional Hospita - Far North Region of Cameroon
Relatório Anual 2019

Camarões

Dr Rosso, MSF surgeon, and Mickael, MSF operating theatre nurse, during surgery on a child with severe malaria in Maroua Regional Hospital. Far North region, Cameroon, February 2019.
© Pierre-Yves Bernard/MSF
MSF em Camarões em 2019 Em 2019, Médicos Sem Fronteiras (MSF) manteve a assistência a pessoas deslocadas, refugiados e comunidades vulneráveis em áreas afetadas pelo conflito e ondas de violência em Camarões.
Cameroon MSF projects in 2019
Map with all MSF projects in Cameroon in 2019

Confrontos se intensificaram entre as forças do governo e grupos separatistas nas regiões sudoeste e noroeste, enquanto ataques de grupos armados aumentaram na fronteira nordeste da Nigéria, forçando milhares a fugir para o extremo norte através da fronteira.

Civis encurralados pela violência nas regiões noroeste e sudoeste

De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), a violência no noroeste e no sudoeste de Camarões deslocou mais de 700 mil pessoas e impactou enormemente a prestação de serviços de saúde nessas regiões.

Para ampliar o acesso a cuidados de saúde e responder às necessidades crescentes das pessoas afetadas, nossas equipes apoiaram cerca de 30 hospitais e centros de saúde em Bamenda, Widikum, Kumba e Mamfe, e administraram um serviço de ambulância 24 horas gratuito, que fez mais de 9 mil encaminhamentos ao longo do ano. O foco de nossas atividades é o atendimento de emergência, especialmente para vítimas de violência armada e sexual, crianças e gestantes.

Também oferecemos treinamento a agentes comunitários de saúde para que realizem atividades de promoção de saúde e possam tratar casos simples de doenças mais comuns, como malária e diarreia. Esse apoio de saúde baseado na comunidade é fundamental, pois muitas pessoas fugiram para a mata, onde não têm acesso a cuidados de saúde ou outros serviços básicos.

Durante o ano, fornecemos aproximadamente 150 mil consultas por meio de nossos agentes comunitários de saúde, a maioria ligada a casos de malária.

Mora - Far North Region of Cameroon
An MSF doctor takes care of a premature baby in the resuscitation care unit of the district hospital in Mora, Far North region, Cameroon. February 2019.  
Pierre-Yves Bernard/MSF

Refugiados e pessoas deslocadas na região do extremo norte

A população abrigada no extremo norte de Camarões continua sofrendo violência diária devido ao conflito, enquanto também enfrenta pobreza extrema em uma região sujeita a um clima imprevisível.

Temos equipes trabalhando nos hospitais de Mora e Maroua, onde prestam assistência médica, incluindo suporte nutricional, serviços de saúde mental, promoção de saúde e cirurgias de emergência em caso de elevado número de vítimas.

Mais perto da fronteira com a Nigéria, nossas equipes auxiliam os centros de saúde com cuidados básicos de saúde e encaminhamentos para hospitais. Em 2019, também treinamos mais de 40

agentes comunitários de saúde em Kolofata e Limani para diagnosticar e tratar casos simples de doenças comuns e infantis, e para identificar casos complicados que devem ser encaminhados para centros de saúde ou hospitais.

No início do ano, em Goura, prestamos assistência emergencial a cerca de 35 mil nigerianos que haviam fugido pela fronteira de Rann, após um violento ataque do grupo armado de oposição.

Durante o ano, em nossos projetos no extremo norte, nossas equipes realizaram cerca de 75 mil consultas médicas, 5 mil consultas de saúde mental e 5.700 consultas de saúde reprodutiva. Adicionalmente, tratamos mais de 23 mil crianças com doenças como malária, diarreia e desnutrição (em nossas instalações ou nas comunidades) e realizamos 4 mil intervenções cirúrgicas.

Resposta a surtos de doenças

Continuamos respondendo a um surto de cólera em andamento nas regiões norte e extremo norte e também lançamos atividades para enfrentar um novo surto de cólera na península de Bakassi, na região sudoeste. Nossas equipes trataram 260 pacientes com cólera e vacinaram mais de 35.500 pessoas contra a doença. Também realizamos vigilância epidemiológica e atividades de promoção de saúde.

Além disso, apoiamos a resposta a um surto de sarampo em Maroua, onde tratamos mais de 1.300 pacientes em consultas ambulatoriais e quase 400 casos graves foram internados no centro de tratamento de Dougoi.

 

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