Em maio de 2016, MSF lançou um programa que oferece diagnóstico e tratamento gratuitos para a hepatite C. Embora sua prevalência seja desconhecida, estima-se que entre 2% e 5% da população cambojana esteja infectada. Antes considerada uma doença mortal e vitalícia, o tratamento para esse vírus transmitido pelo sangue vem sendo revolucionado nos últimos anos com a chegada de novos – e caros – medicamentos, chamados antivirais de ação direta (DAAs, na sigla em inglês).

O projeto é baseado no hospital Preah Kossamak, na capital Phnom Penh. Seus principais objetivos são: simplificar o diagnóstico e o tratamento, mostrar a relação custo-benefício e tornar o tratamento replicável em outros países. Em 2017, MSF tratou 2.926 pacientes com DAAs, que curaram mais de 95% das pessoas que completaram o tratamento.

Na província de Preah Vihear, norte do Camboja, foi confirmada a resistência a um dos poderosos antimaláricos, a artemisinina. MSF está avaliando estratégias para ajudar a eliminar essa doença por meio da combinação de triagem, diagnóstico e tratamento – em particular a forma resistente do Plasmodium falciparum. As equipes continuaram apoiando diagnóstico e tratamento na comunidade e nas unidades de saúde, bem como na triagem de pessoas em risco de infecção.

Uma pesquisa realizada em 2017 forneceu uma visão sobre o desenvolvimento de resistência aos três principais medicamentos utilizados para tratar a malária provocada pelo Plasmodium falciparum (ou grave). Os resultados da pesquisa serão avaliados e recomendações serão feitas para a potencial replicação em outros lugares.